Você não está sozinho.
Segundo Vasconcelos(2018), pouco se sabe sobre a prevalência da dor crônica no Brasil e por isso realizou um estudo epidemiológico sobre o assunto. Foram selecionados 10 artigos e foi verificado que cerca de 29% a 73% dos trabalhadores tem dor crônica, afetando mais as mulheres, sendo que a parte do corpo mais afetada foi a região lombar. O paciente que tem dor crônica precisa entender sobre dor e somente assim terá a capacidade de controla sua própria dor. A dor aguda tem duração de até seis meses e a dor crônica persiste por mais de seis meses, estima-se que cerca de 55% da população mundial tem dor crônica. No Brasil os dados são semelhantes quando relacionados quando comparados com pesquisas internacionais, sendo assim, mais estudos são necessários.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Estudos da Dor, pesquisas sobre epidemiologia são importantes, pois com esses dados, é possível fazer um planejamento de políticas públicas e privadas sobre prevenção. Diferentes tipos de estudos entre grupos de trabalhadores, revelam que mulheres mais velhas tem alto risco de sofrerem com dor lombar, porém esses resultados podem estar errados, porque a percepção da dor muda em pessoas com e sem angústia.
A prevalência de dor crônica no mundo varia entre 10% a 55% e o subtratamento não é exclusividade nossa, cerca de 40% dos Europeus estão insatisfeitos com o manejo de suas dores. A dor crônica causa um enorme impacto financeiro, sendo que, 500 milhões de dias de trabalho são perdidos e 34 bilhões de Euros comprovam o tamanho do prejuízo.
Em São Paulo, cerca de 42% das pessoas tem dor crônica, piorando a qualidade de vida em 83% comparando com pessoas sem dor crônica. Essa condição não tem relação com uma lesão, mas sim com fatores psicológicos, comportamentais, cognitivos, emocionais e culturais. Todas essas dimensões, contribuem para a modulação da dor no cérebro.
Por quanto tempo você pode sentir dor?
Segundo a IASP, o critério é variado. Há três categorias de dor: Menor que um mês, duração de um a seis meses e duração maior que seis meses. Uma dor aguda é considerada uma resposta normal decorrente de uma lesão e a dor crônica envolve mecanismos psicológicos e comportamentais.
Como prevenir a dor crônica?
Cuide da sua alimentação, melhore sua qualidade do sono, pratique uma atividade física que lhe dê prazer e busque por um equilíbrio emocional. Sabemos que isso não é fácil, mas é possível com disciplina e determinação.
Referencia bibliográfica:
Tratado de Dor: Publicação da SBED / Irimar de Paula Posso. 1ª Ed. – Rio de Janeiro. Atheneu, 2017.
Vasconcelos e col. Prevalência de dor crônica no Brasil: estudo descritivo. BrJP Vol. 1 n0. 2 São Paulo, 2018.